quarta-feira, 16 de julho de 2008

Como vai a Classe de Discipulado de sua Igreja?

Vai bem, obrigado. O quê? Classe de quê, mesmo? Classe de Discipulado? E como é que isso funciona?
Bem, algumas dessas respostas estranhas já foram ditas algum tempo, em um passado muito distante, ou, quem sabe, em um belo dia desses, não muito distante de ontem.
Seja qual for o caso, o interessante para nós, hoje, é que a classe de discipulado é uma das atividades mais necessárias da igreja.

A necessidade de uma classe específica
Necessária porque é uma ordenança do Mestre, na Grande Comissão. O tema central da Grande Comissão é exatamente “fazer discípulos” (Mt 28.19). Não se pode pensar em “fazer discípulos” sem a presença de um professor, sem a existência de local apropriado, sem método de ensino, sem objetividade na aprendizagem.
A igreja não teria existido se não houvesse a preocupação de Jesus em treinar os discípulos. Somente depois do período de treinamento eles obedeceram ao “Ide”. Imagine se eles não fossem treinados, o que iriam ensinar? Certamente, os 12 apóstolos ensinariam cada um à sua própria maneira, sem um padrão de ensino. O que teríamos hoje seria uma verdadeira confusão, e muitas heresias.

Como deve ser uma classe de Discipulado?

Primeiro, não deve ser muito diferente de uma classe normal da Escola Dominical. As diferenças estão, basicamente, no material didático, na freqüência e na preparação do professor.

Qual deve ser o material didático? O material didático que deve estar nas mãos do novo convertido são as revistas Discipulado I e Discipulado II, da CPAD . Já foi o tempo em que o professor de uma classe de discipulado tinha que ficar pesquisando ou “quebrando a cabeça” para preparar a aula do próximo domingo. Esse tempo era muito difícil, até porque havia uma escassez no mercado editorial evangélico de material dessa natureza. Quando se encontrava, algumas doutrinas não eram compatíveis com nossos princípios. O batismo com o Espírito Santo, por exemplo, tão essencial na vida cristã era um ensino ignorado.
Agora, não. Já possuímos nosso próprio material didático. A propósito, foi uma das grandes conquistas do Projeto da Década da Colheita.
A primeira revista (Discipulado I) procura integrar o novo convertido à Igreja, como membro do corpo de Cristo, e a segunda revista (Discipulado II) procura envolvê-lo nas atividades da igreja local.

Qual deve ser a freqüência? Cada uma das duas revistas são compostas de 13 lições. Se forem ministradas somente aos domingos, o tempo para conclusão de cada revista será de três meses. Observe que elas não estão marcadas por datas, como as revistas de Escola Dominical, exatamente para deixar com o pessoal que trata dessa área decidir qual o melhor momento para a ministração.
Ocorre que muitas igrejas têm programas de batismo nas águas de três em três meses. E, quanto àqueles que se convertem entre um batismo e outro? Terão que aguardar o próximo batismo, ou poderão ser batizados mesmo sem haver concluído todo o estudo da revista? Bem, como as revistas não são marcadas por datas, as aulas podem ser ministradas duas ou três vezes na semana. Isso só vai depender de três fatores: 1) de pessoal disponível, ou seja, de professores, 2) da disposição dos discípulos e 3) do programa de batismo da igreja local.

Qual o melhor local para a classe? Pode ser que o melhor lugar para a ministração das aulas seja a própria dependência da igreja local, ou na nave do templo, ou em uma das salas, quando houver estrutura para isso.
Outro local muito apropriado é a própria casa do novo convertido. Outras pessoas interessadas poderão participar. O próprio novo convertido tem interesse em que seus parentes sejam alcançados. Esse sistema foi muito eficiente na igreja primitiva.

Quando devemos começar uma nova classe?

No mesmo dia da conversão é o mais ideal. Imediatamente após a conversão, as pessoas preparadas nessa área devem fazer a primeira palestra de boas-vindas. O que deve ser falado nesta palestra?

  • Felicitações pela decisão, em ter aceitado a Jesus como Salvador
  • Orientação quanto ao processo de discipulado que ora se inicia. Quando se iniciará, local, horário ...
  • Apresentação do professor da classe que fará o acompanhamento desse processo.
  • Esse é o bom momento para oferecer uma Bíblia e uma revista de Discipulado

Deve-se se evitar a famosa “lista de proibições”; “o que pode e o que não pode”; “agora será assim”; “você tem que fazer isso”, etc. Essas questões serão respondidas no decorrer do estudo de cada lição. A propósito, você pode observar que, no comentário de cada lição, não há menção desse tipo de proibições. Preocupe-se em ensinar a Bíblia. A própria lição ajudará você nesse particular. Basta seguir as orientações didáticas.
Note que estas questões de “pode e não pode” só vai desestimular o novo crente. A partir do momento da conversão, o que o novo convertido mais precisa é de incentivo, entendeu?
Portanto, o início de uma nova classe não deve demorar. Lembra da parábola do joio, de Mt 13.24-30? Após a plantação, os trabalhadores dormiram pensando que tudo já estava concluído. E o que aconteceu depois? Leia o versículo 25. Tudo que o inimigo precisava era de um cochilo dos trabalhadores para semear o joio. Quando perceberam o prejuízo, não havia mais jeito para acertar a situação. Tiveram que conviver com o problema por muito tempo. Se arrancassem o joio estragaria toda plantação, e todo trabalho iria por “água a baixo”.
Você já percebeu porquê perdemos tanto?
Uma das razões é porque deixamos para iniciar o processo de discipulado para o domingo seguinte. Aí o “campo” já poderá estar “minado”.
Comece. E comece logo. Se formos esperar as condições ideais para iniciar uma nova classe só porque custa caro, ou porque não tem espaço adequado, ou porque só há um aluno, nunca faremos nada. Nunca haverá uma condição perfeita para iniciarmos um trabalho dessa natureza. Se olharmos por esse lado, jamais iniciaremos. Salomão adverte que, “quem observa o vento nunca semeará” (Ec 11.4).

Quanto custa?
Em termos financeiros custa um valor muito pequeno, mas, a mão-de-obra é muito cara. Você sabe que dá muito trabalho. Esta é outra razão porque não discipulamos: o trabalho! Mas, não podemos pensar no trabalho como obstáculo, sim, como bênção..
Mas, quanto à questão financeira, quanto custa?
Bem, vamos considerar o seguinte: O que será preciso para iniciar?
-- Somente uma Bíblia e uma revista Discipulado, e muita disposição de servir ao Senhor. A disposição de servir ao Senhor não se paga com dinheiro, mas a revista e a Bíblia, sim.
Quanto custa uma revista Discipulado? Quatro reais e cinqüenta centavos (R$ 4.50)? E uma Bíblia popular? Cerca de Doze reais. Total: R$ 16,50 (Dezesseis reais e cinqüenta centavos). Esse é o total do custo e nada mais.
Vamos considerar que esse novo convertido entenda bem cada lição e seja batizado nas águas. Ele vai aprender que o dízimo é um dever cristão, concorda? Se esse novo crente for assalariado com apenas um salário mínimo mensal, seu primeiro dízimo será R$ 30,00 (Trinta reais). Logo, apenas o primeiro dízimo já pagou o custo inicial que foi de R$ 16.50, percebe?
Nesse caso a despesa com a compra da revista e da Bíblia será um investimento e não uma despesa.
E, então? Vamos investir?

Um comentário:

Elisangela disse...

Pr. Cyro Mello, a apz do Senhor Jesus, sou Prof. EBD na I. E. Assembleia de Deus em Valença, RJ, e no mes de abril iremos iniciar uma classe de discipulado. adquiri o seu livro pela CPAD, mas aidna nao chegou. gostaria de saber se o sr. tem algum modelo de ficha de inscrição ou cadastro, ou martícula para a Classe de Discipulado, ainda estou com alguma s´duvidas e gostaria de saber se o sr. pode me adiantar algummaterial. fraternalmente em Cristo, Profa. Elisangela Reis. elisangelareis3@hotmail.com